Abaixo, apresento e divido uma contribuição de uma grande amiga, Elisandra, que também estuda e atua na área de Recursos Humanos.
Estudos recentes mostram que, assim como dizer “Bom dia”, os elogios podem fazer a diferença entre um ambiente de trabalho criativo e outro não.
Não tem quem não goste: de um elogio. Hoje já se sabe que o efeito é transformador e muda o comportamento. Algumas empresas já perceberam isso. Uma pesquisa inglesa comprovou: nas empresas onde o elogio é incentivado, o ambiente de trabalho melhora e até a produção aumenta. No Brasil, a ideia começa a ser discutida.
Uma frase curta tem poderes mágicos: “Bom dia”. Os especialistas em recursos humanos dizem que o cumprimento não é só formalidade, mas o primeiro passo para um bom trabalho de equipe.
“Se é confortável, até sua produtividade fica mais evidente. Você se sente confortável para ter ideias e levá-las às pessoas, porque você percebe que o ambiente é amistoso”, explica a consultora de recursos humanos Regina Gonçalves.
Estudos recentes mostram que, assim como o “Bom dia”, os elogios podem fazer a diferença entre um ambiente de trabalho criativo e outro não. Uma pesquisa feita na Inglaterra mostrou que elogiar o esforço costuma dar melhores resultados do que enaltecer outras qualidades como a inteligência, a beleza ou a formação de uma pessoa.
Mas, para dar certo de verdade, o elogio precisa ser sincero e de preferência não vir da avaliação de uma pessoa só, no caso o chefe. Bom é quando ele expressa a opinião do grupo.
“O elogio bem feito diz para a equipe o que o chefe ou aquela organização quer das pessoas. Uma pessoa sem receber crítica ou sem receber elogio é uma pessoa sem rumo dentro da organização. Ela não sabe se está fazendo o trabalho dela bem feito, não sabe se é aquilo que a empresa espera dela”, reforça Dimas Facioli, especialista em RH.
Estudantes de Franca, no interior de São Paulo, pintaram a cara e saíram às ruas para pedir que as pessoas elogiem mais. Aonde chegam os alunos começam uma corrente de elogios. O resultado é surpreendente. A vendedora Ida Oliveira adorou: “Deixa a gente mais alegre”.
O motivo fica claro na hora, e a chefe admite: “No meu dia a dia eu costumo criticar mais, infelizmente”. Uma dica para os chefes: critique em particular, elogie em público, mas sempre com critério. Quando junto, o elogio é, antes de tudo, uma ferramenta a serviço de um bom líder.
“A pessoa se defende toda vez que é criticada. Mas toda vez que é elogiada, ela vai zelar cada vez por aquilo para se mostrar melhor”, diz a psicóloga Andrea Richinho Cruz.
“O funcionário toma uma iniciativa na qual ele sabe que ele agiu, mas ele nem esperava tanto aquele elogio. Aquela é a hora certa, principalmente quando ele está um pouco desmotivado, quando ele está meio triste. Aí você o traz para você e elogia. É igual a um casamento. Você está longe da esposa há muito tempo, você vê que ela está triste e traz um elogio para ela ficar feliz e alegre. Na empresa dá certo, sem sombra de dúvida”, compara o gerente de loja Rogério Peixoto.
Para os especialistas, o elogio nunca foi hábito na cultura empresarial brasileira. Por isso, o reconhecimento pelo trabalho bem feito é tão difícil.